De que cor são as pinceladas com que se pinta uma noite fria, ou um dia de primavera quando as noites são iguais aos dias, quando a escuridão se mistura com corpos que estremecem, que se devoram, que não perdem tempo. O que interessa se é o castanho avermelhado do deserto que arde de calor ou o branco brilhante e gelado que cobre rios transformados em estradas brancas, se é o vermelho dos campos de papoilas do Alentejo ou o amarelo com que preencho bocados da minha tela onde tantas vezes me renasço e te pinto com prazer. As pinceladas são ás vezes da cor dos corpos afastados, a textura é da intensidade do grito, a tonalidade é a do cansaço e da vontade constante que tenho de ter e não te encontrar. Pinto, embalo-te e passeio-te o corpo, procuro nele o mapa que desenhámos e que encurte a distância que nos separa, sei para onde vou mas nem sempre sei o caminho evidente, quero encontrar-te em cada esquina, viver-te a cada metro deste passeio longo, quase do tamanho de um abraço que se perde na ansia de te querer tocar eternamente. As cores das minhas pinceladas, se ainda não reparaste são da tonalidade de sorrisos cúmplices que te ofereço, as palavras que te escrevo são os meus olhos enlouquecidos pelas vezes em que não reparas em mim, os silêncios que guardo para mim são as minhas mãos que deslizam pelo desejo do teu corpo em movimento, os meus pinceis são os sussurros que te invadem e te tocam o corpo e te libertam do gelo de uma noite fria e absurdamente triste.As cores que coloco nas minhas telas, são os raios de sol na madrugada, são o nevoeiro da manhã junto ao rio, é a lua lá no alto em noite de calmaria é o instante preciso em que te salpico de orvalho e te digo mais uma vez que ...........
A liberdade rebelde de te amar Silencio alguns pensamentos mais obscuros que de quando em quando acariciam e envolvem as minhas emoções, em abraços fortes mas violentos, caricias maliciosas de quem me pretende ver voar entre tempestades de casos pensados, de alguns momentos adiados e de futuros a realizar na perfeição. Repenso e interrompo o silencio e procuro-te em locais obscuros, coloco longe o meu olhar por entre peões cintilantes, gente que se move em círculos noturnos e que ousa entoar melodias que ecoam em estrelas cintilantes, e luares de noites quentes de Agosto. É em noites assim, húmidas e de um calor intenso que nos absorvem as palavras, em que os meus pensamentos mais censuráveis brotam e fazem alarde, é nesses pequenos mas intensos momentos que os nossos corpos navegam determinados e se acariciam, misturando silêncios com sons, espasmos com caricias a um ritmo alucinante, constante e latejante. Ás vezes tento fugir desses momentos intensos, mas sempre que o faço levo-te comigo, e aperto-te contra mim, coração precipitado, por vezes irrefletido, em emoções que emergem e se pacificam entre sorrisos e gestos rebeldes. Estamos vivos, equilibrados os gestos e nas palavras, dançamos entre sorrisos que o amor fez crescer, e entre ideias que o tempo fez consolidar. Lágrimas, sorrisos, acenos, emoções, relatos de vidas conjuntas e quotidianos efémeros amontoam-se em pequenos grandes instantes que perduram através dos anos, entre promessas quebradas e gestos levianos, entre a compostura da humildade e a liberdade rebelde de te amar.
Vem
O meu corpo bem junto ao teu aquece-te nas noites frias Os meus braços envolvem-te com firmeza de quem te quer As minhas mãos percorrem a tua pele macia ávida de carinho As nossas línguas provam os nossos sabores intensos O teu corpo entrega-se totalmente ao prazer e a mim E bem suave penetro-te lentamente como sei que gostas Deslizo, avanço e toco o teu íntimo, húmido e quente Sinto um calafrio de tesão que te percorre e se transmite Gemes com uma volúpia intensa e abraças-me com ternura Derramo o meu leite com um prazer enorme e beijo-te Demoro um instante a saborear o momento e olho-te Porque vejo o teu rosto iluminado com um sorriso lindo Percebo o desejo de quem quer mais de mim e Nesse momento, serei o teu amor para sempre. Vem..